quarta-feira, 20 de maio de 2009

CONVERSANDO COM AS CRIANÇAS SOBRE A MORTE


O significado dado à morte pela criança varia de acordo com alguns fatores, entre os quais o primeiro a ser considerado é a idade, ou melhor, o momento de seu desenvolvimento psicológico.
Desde pequena a criança tem consciência da existência da morte, embora essa consciência possa não ser identificada pelos adultos, pois é expressa com os recursos disponíveis pela criança. Nem sempre ela fala de morte, mas pode representá-la lúdica ou graficamente.
No âmbito familiar, uma dificuldade grande para os pais está exatamente na necessidade que a criança tem de fazer perguntas muitas vezes complexas. Colocam questões profundas sobre o ser humano, sobre a vida e sobre a morte. Quando alguém da família de uma criança morre, ainda que se tente omitir ou negar, ela irá perceber através das atitudes transformadas dos familiares ao redor. O fato é que cedo ou tarde ela descobrirá. Omitir-lhe a verdade seria algo grave, seria como ignorá-la só porque ela não fala como os adultos, como excluí-la da família, e pior ainda, se as pessoas mais próximas em que ela deposita toda sua confiança não forem capazes de falar sinceramente sobre a morte, ela tomará isso como um modelo a seguir e nem ousará perguntar à respeito daquilo que sua percepção lhe diz.
O que o adulto não sabe, é que as crianças questionam sem angústia a respeito da morte até cerca de sete anos. Por volta dos três anos de idade esta questão começa a aparecer. Existem animais que morrem em torno delas, elas ouvem estórias, conversas; o conceito de que as coisas acabam, e que os limites existem, já estão estabelecidos desde muito cedo.
Se a criança estiver bem amparada, terá mais chances de elaborar da forma mais sadia possível o momento do luto.A conclusão de uma conversa franca com uma criança, sobre a morte, sem medo, tem sempre um tom positivo, só o fato de estar perto, falando a respeito e ouvindo, já é positivo. Todos os seres humanos aceitam a morte através de uma forma singular.
Devemos respeitar, no mínimo, a maneira que as crianças encontram para superar o momento da morte. Elas têm perguntas e buscam o conhecimento, e nós, adultos que muitas vezes, acreditamos que sabemos muito, ouvimos delas as melhores respostas para as perguntas que não saberíamos responder.

Um comentário:

Mundo de Ariel disse...

LUCINHA,FICO MUITO FELIZ Q TENHA VOLTADO,SENTI SUA FALTA.DESCULPE MINHA AUSENCIA TB,É A FACULDADE ESTAGIO E MONOGRAFIA..VC JA PASSOU POR ISSO E IMAGINA NÉ...MAS QERO LER OCM TEMPO SEUS POSTS,PQ VC É DIVINA!!!ADOREI TE REENCONTRAR!!
BJ
lane
http://elanerebello.blogspot.com